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terça-feira, 29 de julho de 2014

Evolução das raças baseado em um antigo pergaminho, conhecido como livro de Dzyan.


Blavatsky alegava que a obra era baseada em pergaminhos antigos (as Estâncias de Dzyan), a que teria tido acesso e estudado. Segundo Blavatsky, as "Estâncias de Dzyan" seriam um manuscrito arcaico, escrito em uma coleção de folhas de palma, resistentes à água, ao fogo e ao ar, devido a um processo de fabrico desconhecido, e que conteriam registros de toda a evolução da humanidade, em uma língua desconhecida pelos filólogos denominada Senzar.
Embora o livro não tenha feito muito sucesso na época de Blavatsky, tornou-se um livro popular e influente no século XX, tendo como leitores personalidades como Albert EinsteinMahatma GandhiThomas EdisonBernard ShawAldous Huxley, entre outros. O livro tem, até hoje, uma influência no pensamento ocidental ao difundir as ideias da filosofia e das religiões orientais, abrindo espaço para um encontro do ocidente com o oriente.
Há quem critique a obra, seja pelo fato de ter mais de cem anos (pelo que estaria desatualizada), seja pelo estilo velado (esotérico). Para os adeptos da Teosofia, muitos avanços da ciência se deram após os trabalhos de Blavastky. Segundo estes, os avanços que ocorreram no século XX na física de altas energias, na astronomia de espaço profundo, na química e na medicina foram apresentados, de uma perspectiva mística e não científica, primeiramente em "A Doutrina Secreta".
Mas a maior crítica ao livro e às ideias de Blavatsky é em relação a um moderado racismo, particularmente quando Blavatsky refere-se a alguns grupos étnicos, os aborígenes australianos, por exemplo, como "menos humanos que os arianos", já que os identifica como "mestiços atlanto-lemurianos". Com relação aos semitas, particularmente os árabes, diz que são "espiritualmente degenerados".

Segundo a Teosofia, o sete é o número fundamental da manifestação, frequentemente encontrado em diferentes cosmogonias, assim como nos dogmas de diversas religiões e na tradição de muitos povos antigos.

O Homem, assim como a natureza, é chamado de saptaparna (planta de sete folhas), simbolizado geometricamente por um triângulo sobre um quadrado. Nesta constituição setenária, podemos entender o Atman como a coroa que encima a constituição humana (a ponta superior do triângulo), fornecendo-lhe o seu espírito imortal.

Antropogênese

A antropogênese descreve a origem e evolução da humanidade. Nela são descritas as diversas raças humanas (chamadas Raças-raiz) que já evoluíram neste planeta na atual Ronda.
Para Blavatsky, um mesmo elenco de almas evoluem no teatro da existência desde o início do Manvantara, até o seu final, quando então estas almas atingirão a perfeição espiritual. Assim, a Teosofia adota o conceito de transmigração das almas.
O livro afirma que evoluem em nosso Globo sete grupos humanos em sete regiões diferentes do Globo. Assim, Blavatsky defende uma origem poligenética do Homem.
A tese revolucionária de Blavatsky é, em uma época que não se supunha o Homem mais antigo que 100 mil anos, afirmar que o Homem físico tem mais de 18 milhões de anos de existência.
A antropogênese, descrita em "A Doutrina Secreta", opõe-se à evolução darwinista que era largamente aceita na época. Blavatsky não nega o mecanismo da evolução, mas não aceita que uma "força cega e sem objetivo" possa ter resultado no aparecimento do Homem. Para ela, a criação do Homem deu-se por meio de esforços conscientes de seres divinos, que ela chama de Dhyan-Chohans, que são a origem da Mônada que habita todo ser humano.
Blavatsky não nega que a evolução dos animais e do Homem estão relacionadas. No entanto, ela alega que os homens não são primatas, como afirma a teoria da evolução. Ao contrário, para Blavatsky, os primatas são descendentes de antigas raças humanas que se degeneraram, ou seja, os primatas descendem do homem.
Segundo o livro, a criação e evolução do Homem ocorre de forma semelhante à cosmogênese. Então, cada evento que ocorreu na cosmogênese tem seu equivalente na antropogênese. Assim, por exemplo, também o Homem é hermafrodita em seus primeiros estágios (como o Brahmâ Masculino-Feminino da cosmogênese), até que se divide em Macho e Fêmea no final da terceira Raça-raiz (Lemuriana) e início da quarta raça, que Blavatsky chamou de Atlante. Segundo a autora, este fato está relatado de forma alegórica no livro do Gênesis, quando ele relata o momento em que Deus retira a mulher da costela de Adão.
Como no caso da cadeia planetária, em que o ciclo de existência e evolução desce desde o primeiro Globo, mais etéreo, até o quarto Globo, o mais denso, para então retornar até o sétimo, novamente etéreo, também a evolução humana se processa em um ciclo que inicia com a primeira raça que era etérea, até a Lemuriana (a terceira raça), a primeira raça a possuir corpo físico, e então retornando até a sétima raça que será novamente etérea.
A criação do Homem é apresentada como uma "queda na matéria". Blavatsky inspira-se nos mitos de "rebelião nos céus" do Catolicismo e na mitologia grega, com Prometeu, que rouba o fogo de Vulcano para dar vida aos homens (que haviam sido criados por seu irmão Epimeteu, que não fora capaz de lhes dar a consciência) e é condenado por Zeus a ficar acorrentado no Cáucaso. Para Blavatsky, estes mitos são ecos de antigas tradições sobre a queda dos seres divinos na humanidade primitiva, para dar aos homens a alma imortal, a consciência divina.
Para Blavatsky, a criação do Homem é dual. Primeiro foram feitos seus princípios inferiores (pelos Elohim inferiores), depois lhe foi infundido o "sopro de vida", sua Alma Imortal, sua consciência.
Seres divinos mais avançados, chamados, no livro, de Kumaras, foram incumbidos com a tarefa de criar o Homem: no entanto, eles se negaram a fazê-lo pois, sendo demasiadamente espirituais, eram incapazes de criar o Homem físico. Assim, hierarquias de seres menos avançados (os Pitris lunares) criaram o Homem, emanando-o a partir de seu próprio corpo astral (que serviu como molde). Eram, contudo, incapazes de lhe dar sua Alma Imortal, a consciência. Então, os Kumaras, associando-se a estes seres humanos primitivos, forneceram o sopro divino (como no Gênesis, quando Deus coloca o sopro de vida no Adão "feito de barro"), a Alma Imortal do Homem. Acabaram condenados a ficar presos na matéria, como o Prometeu acorrentado no Cáucaso.
Ecos destes eventos aparecem de forma alegórica, segundo Blavatsky, no mito Católico da "rebelião nos céus" e na "expulsão dos anjos maus". Estes "anjos maus" ou "rebeldes" são aqueles que se recusaram a criar e foram "expulsos dos céus" e "lançados no abismo" (a matéria). Então, no dizer de Blavatsky, os deuses tornaram-se não-deuses, os suras tornaram-se asuras.

Segundo a autora, os primeiros homens não possuíam um corpo denso. As primeiras raças tinham um corpo sutil, etéreo, imenso e ainda sem forma bem definida. À medida que avançou a evolução do Homem, o seu corpo tornou-se mais denso em uma sucessão de estágios, assumindo a forma que tem hoje.
Segundo a Doutrina Secreta, a evolução do Homem nesta Ronda é composta de sete Raças-raiz, cada uma delas composta de sete sub-raças, que são ramos derivados da Raça. Na atualidade estamos vivendo o período da Quinta Raça-raiz, a Raça Ariana.
É importante observar que o uso do termo "ariano" no livro não recebeu nenhuma influência das ideias racistas do nazismo. O livro foi escrito quase meio século antes do partido nazista ter sido fundado. Mas terá acontecido o contrário: o nazismo foi muito influenciado por ideias ocultistas, e Blavatsky era sobejamente conhecida entre os principais dirigentes nazis (o que não significa que as teorias de Blavatsky propusessem algo semelhante à acção do Partido Nazi - de facto, textos místicos, deste cariz, podem facilmente ser entendidos e interpretados para defender as doutrinas políticas mais contraditórias como acontece, por exemplo, com as escrituras consideradas "sagradas"). No contexto do livro, por ariano pode-se entender a formação do homem atual a partir do berço indiano (Aryavarta).
As cinco Raças-raiz apresentadas no livro que já evoluíram nesta Ronda são:
  1. "Nascidos por Si Mesmos" ou "Sem Mente" - Esta raça apareceu há 300 milhões de anos e viveu em um continente que Blavatsky chamou de "A Ilha Sagrada e Imperecível". Os homens desta raça (se é que podem ser chamados de "homens") eram imensos e não possuíam nem corpo físico (eram seres etéreos), nem mente. A reprodução ocorria por cissiparidade (algo semelhante ao que ocorre com as amebas). Como esta raça não era mortal, ela não desapareceu, apenas converteu-se na próxima, os "Nascidos do Suor";
  2. "Nascidos do Suor" ou "Sem Ossos" - Eles viveram em um continente chamado "Hiperbóreo". Nesta raça apareceu um rudimento de mente, no entanto, ainda não havia uma ponte entre espírito e matéria para a mentalidade. Ao final do seu período de evolução, esta raça converteu-se na seguinte, a "Nascidos do Ovo". As duas primeiras raças são chamadas de raças semidivinas;
  3. "Nascidos do Ovo" ou "Lemuriana" - Viveram em um continente chamado "Lemúria". Esta raça era inicialmente hermafrodita e reproduziam-se por meio de um ovo que se desprendia do corpo. Esta raça passou por grandes transformações durante o seu período evolutivo. Ao final do seu período, o Homem tornou-se mortal, consolidando-se o corpo físico e a reprodução sexuada como se conhece hoje (então esta raça desapareceu, convertendo-se na raça atlante);
  4. "Atlante" - Eles são os gigantes que viveram há 18 milhões de anos, em um continente chamado "Atlântida". São os primeiros que podemos chamar de "Homens". A raça atlante representou o ponto mediano da evolução nesta atual Ronda. A Atlântida, assim como os seus habitantes, foi destruída por um cataclismo. Os sobreviventes deste desastre fundaram a nova raça-raiz, a ariana;
  5. "Ariana" - Segundo Blavatsky, a raça Ariana, a atual raça-raiz, existe há aproximadamente 1 milhão de anos.
Respondendo por que não foram encontrados registros fósseis das raças anteriores à ariana, Blavatsky afirma que as primeiras raças eram etéreas, sem corpo denso que pudesse deixar fósseis. Quanto à raça atlante, disse que os fósseis estavam no fundo do oceano, à espera de serem encontrados.


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